

§ Nas obras artísticas
Muitos artistas portugueses também representaram o Adamastor nas suas obras, em esculturas, pinturas e até músicas, como a que Rui Veloso tem no seu auto da pimenta: quando um barco desgovernado passa pelo cabo, também lhe aparece o Adamastor, mas que não o interpela.
Na escultura e pintura, a figura do Adamastor conheceu grande variação: era sempre um indivíduo monstruosamente enorme e disforme, que sobressaía do duro e volumoso Cabo da Boa Esperança. Só mesmo nos pormenores e feições é que se registavam algumas diferenças.
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Um escultor contemporâneo, Júlio Vaz Júnior, ergueu um monumento do Adamastor, em mármore azulino que foi inaugurado no dia 10 de Junho de 1927. Trata-se de uma escultura com seis metros de altura, e que representa a visão do estuário, que está simbolizado no corpo do monumento, por uma pequena estatueta de bronze, com proporções diminuídas para melhor determinar a escala colossal do Gigante. Na pintura também existem quadros relativos ao Adamastor, como o de Fragonard (imagem do capítulo “O Adamastor e os Lusíadas”) e dois quadros alegóricos portugueses, que se encontram em salas do Museu de Artilharia: um, de Carlos Reis, e outro da autoria do falecido Condeixa. Na capa dos “Quadros da História de Portugal”, encontra-se também uma evocação do gigante, feita por um aguarelista, Roque Gameiro. Armando de Lucena fez ainda uma pintura sobre esta personificação do Cabo da Boa Esperança (última imagem do documento) para uma exposição portuguesa em Paris, que ocorreu em 1931. |
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Por fim, igualmente famoso ficou um lindo painel de azulejos (imagem em baixo), composto por Jorge Colaço, oferecido ao Buçaco. Hoje em dia este painel encontra-se no Palace Hotel do Buçaco.


Quadro de Armando Lucena
